Governo angolano projecta investir 90 milhões USD para actividade de aquicultura

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Por: Câmia Cambanda

Imagem: DR

O Governo angolano projecta investir, no período 2023/2027, um total de 90 milhões de dólares (1 dólar vale 852 kwanzas), para desenvolver projectos ligados à actividade de aquicultura, a nível das comunas do país, afirmou, esta quarta-feira, em Luanda, a ministra das Pescas e Recursos Marinhos,
Carmen Neto.

Na 15ª edição do CaféCIPRA, à governante adiantou que o objectivo desse financiamento é fazer face à escassez de pescado que se regista em Angola, para além de desenvolver projectos em tanques escavados e produção de farinha de peixe para criação da tilápia.

A par desse investimento, a ministra avançou que o sector vai ainda beneficiar do financiamento de 30 milhões de euros, no âmbito da economia azul.

Adicionalmente, Carmen Neto sublinhou que o sector também vai beneficiar de 58 mil milhões de kwanzas para a execução de projectos relacionados às infra-estruturas de recepção da pesca extractiva marinha, que conta atualmente com 66 cais.

Com esse investimento, prosseguiu, prevê-se a construção de portos a nível do litoral angolano, bem como melhoria das condições das infraestruturas portuárias já existentes, com para Luanda, Moçâmedes, Tômbwa (Namibe) e Amboim.

Quanto à situação do navio oceanográfico angolano de investigação cientifica Baía Farta, a directora do Instituto Nacional de Investigação Pesqueira, Filomena Vaz Velho, assegurou que se prevê o inicio da sua operação em Agosto próximo, com a realização do cruzeiro para os testes de calibragem dos meios técnicos.

Referiu que o navio já se encontra em Angola, desde Abril último, depois de estar cerca de um ano na Africa do Sul, onde estava a ser superada uma das avarias detectadas nos guinchos que seguram as sondas científicas.

Com um comprimento de 74,1 metros, o navio angolano, tem capacidade para embarcar 51 pessoas (29 tripulantes e 22 cientistas) e uma autonomia de 29 dias em mar.

O navio, orçado em cerca 80 milhões de dólares, dispõe de uma sala acústica, quatro laboratórios, um ginásio, camarotes duplos, cozinha, área de serviço com 15 monitores de comando e três computadores para o comando do Sonar (aparelho electrónico utilizado, geralmente, na navegação naval, para medir a distância en superfície da água e o fundo marinhos.

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