IGAPE falha meta de vender 39 hotéis postos em leilão e só despacha quatro por 14 mil milhões Kz

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Por: Redacção

O Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado (IGAPE) falhou na sua estratégia de vender as 39 unidades hoteleiras da rede UI, IKA e BINA, no leilão electrónico realizado no mês de Maio, tendo só despachado 4 hotéis ao preço de 14 mil milhões de Kwanzas, de acordo com dados daquele organismo estatal.

Em nota, o IGAPE garante que os quatro hotéis foram vendidos ao preço total de 14 mil milhões Kz e adquiridos pelas empresas Viva Luanda, Umbiserv e Endiama, nas províncias de Luanda, Huíla, Namibe e Lunda-Norte.

Os 39 hotéis fazem parte de uma lista de unidades espalhadas por todo o país e apreendidos ao empresário Carlos São Vicente, condenado em 2022 por peculato, fraude fiscal e branqueamento de capitais.

Da rede IU, 13 unidades estão operacionais e 15 paralisadas, da rede IKA, há um hotel operacional, seis inacabados e três paralisados. Já os da rede BINA, há um paralisado, no Soyo, Zaire.

Dos quatro vendidos, um foi adquirido pela empresa pública Endiama. As unidades vendidas estão localizadas em Talatona, em Luanda, Moçamedes, no Namibe, Talatona, Luanda e no Dundo.

Perante o resultado da primeira venda, o Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado espera realizar ainda este ano uma segunda operação. “Estamos a analisar o processo e, em princípio, será lançada a segunda fase ainda no decurso do presente ano”, respondeu o IGAPE, citado pelo Expansão.

A entidade responsável pelo Programa de Privatização de activos do Estado considera que o resultado deste leilão representa uma etapa de um processo que levará o seu tempo, dada a quantidade de unidades hoteleiras a privatizar, a sua dispersão pelo território nacional e a capacidade financeira dos empresários, considerando o actual contexto macroeconómico.

Devido ao “desastre” no primeiro leilão para a venda dos hotéis de Carlos São Vicente, o IGAPE não descarta a possibilidade de alteração o modelo de privatização, que poderá sair de venda para gestão das unidades.

“Não obstante, o interesse demonstrado por diversos investidores nacionais e estrangeiros dá-nos conforto e o facto de se alterar a modalidade de privatização para a cessão do direito de exploração (com opção de compra), que não implica um grande investimento inicial por parte dos adjudicatários, conseguiremos atrair mais investidores com um perfil de investimento de longo prazo no sector da hotelaria”, explicou o Instituto de Gestão de Activos e Participações do Estado.

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