“Há necessidade de colocarmos regras sobre o que se deve ou não ser pago quanto à publicidade institucional”

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O Director Nacional da Publicidade, José Matuta Cuato revelou esta terça-feira, em Luanda, que o
Ministério das Telecomunicações Tecnologia de Informação e Comunicação Social, está a trabalhar no decreto presidencial que vai regulamentar a publicidade Institucional. Para o gestor público, “Há necessidade de se colocar regras no mercado”.

As informações foram partilhadas durante o evento de apresentação do anuário de média e publicidade, pelo instituto angolano de opinião pública.

“Todos os anos, o peso do executivo em investimento publicitário é muito grande. Obviamente que os que trabalham nesse sector sabem qual é o impacto negativo que isso tem”, constatação está feita durante a apresentação do mesmo estudo tendo demonstrado que só em 2023, do top 12 dos sector que mais investem em publicidade, as institucionais corresponderam a 31%, considerado no entanto uma redução, comparativamente a 2022, que foi de 35%.

O facto de nem sempre os órgãos da administração pública que solicitam os serviços publicitários, nem sempre honrarem com o pagamento da publicidade, também constitui uma inquietação.

Entretanto fez saber, que o seu ministério está a trabalhar no Decreto Presidencial que vai regular a publicidade institucional do Estado “porque aqui há uma necessidade de colocarmos alguma regra, o que é uma publicidade institucional do Estado. O que deve pagar e o que não deve pagar”. Disse

“Os órgãos da administração directa ou indirecta do Estado, as vezes têm todo o dinheiro para fazer todas as campanhas, mas nunca têm dinheiro para pagar uma publicidade”, reconheceu, exemplificando que “pagam spot de 100 milhões de kwanzas, 50 milhões de kwanzas, mas não têm 10, nem cinco milhões de kwanzas para pagar aos órgãos de comunicação social”.

Entretanto José Matuta, entende que a publicidade é um factor importante para o financiamento dos órgãos de comunicação social e o fortalecimento da democracia.

“Quando financiamos os órgãos de comunicação social, estamos a financiar a democracia. Entendemos que a melhor forma de investirmos, de darmos liberdade editorial aos órgãos de comunicação social é obviamente a publicidade. No entanto para isso, a publicidade tem de funcionar, temos de ter mercado, no verdadeiro sentido, em que há vários anunciantes, várias agências e vários órgãos de comunicação social”, rebateu.

Sobre o Anúario

Trata-se de um relatório realizado com base em informação exclusiva produzida pelo Instituto Angolano de Opinião Pública.
Todas as análises foram igualmente realizadas com base em software próprio desenvolvido pelo Grupo Marktest e do qual o IAOP tem o seu licenciamento.

O objectivo é demonstar por meio de dados, os meios de comunicação, programas, locutores e apresentadores, e marcas preferidas dos angolanos, o que fornece indicativos aos anunciantes na hora da escolha dos órgãos de comunicação e marcas para publicitar.

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